Rutaceae

Hortia neblinensis Maguire & B.M.Boom

Como citar:

Eduardo Fernandez; Marta Moraes. 2020. Hortia neblinensis (Rutaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

DD

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Pirani et al., 2019), com registro de coleta realizado exclusivamente na região compreendida pela Serra do Pirapucú, no AMAZONAS, município de Santa Isabel do Rio Negro (N.T. Silva e U. Brazão 60881). Foi docuemnatda a cerca de 1250 m de altitude (N.T. Silva e U. Brazão 60881).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Marta Moraes
Categoria: DD
Justificativa:

Árvore de 25 m, endêmica do Brasil (Pirani et al., 2019). Foi documentada em Floresta Ombrófila associada a Amazônia no estado do Amazonas, município de Santa Izabel do Rio Negro (Pirani et al., 2019). É conhecida somente pelo material-tipo, coletado na região compreendida pela Serra do Pirapucú, a cerca de 2150 m de altitude. Diante da carência de dados geral e pelo fato da espécie ter sido descrita a partir de material coletado em uma região onde esforços de coleta são considerados insuficientes e onde predominam na paisagem extensões significativas de fitofisionomias florestais em estado pristino, a espécie foi considerada como Dados Insuficientes (DD) neste momento. A proximidade da coleção original com fronteira Brasil/ Venezuela levanta dúvidas sobre seu real grau de endemismo. Novos estudos buscando encontrar a espécie em outras localidades e levantar dados populacionais na região próxima à área de ocorrência conhecida fazem-se necessários para melhorar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional e assim possibilitar uma robusta avaliação de seu risco de extinção, urgente diante do aumento dos vetores de pressão que incidem sobre a biodiversidade da Amazônia (Charity et al., 2016; Nepstad et al., 2006).

Último avistamento: 1966
Quantidade de locations: 1
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em: Memoirs of The New York Botanical Garden 51: 121. 1989.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados quantitativos sobre a população. É conhecida somente pelas coleções-tipo (N.T. Silva e U. Brazão 60881).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Fenologia: perenifolia
Longevidade: unkown
Luminosidade: heliophytic, esciophytic
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta de Terra-Firme
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa Montana, Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Árvore de 25 m, com registros de coleta realizados em Floresta Ombrófila associada a Amazônia (Pirani et al., 2019).
Referências:
  1. Pirani, J.R.; Groppo, M.; Dias, P. Rutaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB793>. Acesso em: 14 Nov. 2019

Reprodução:

Detalhes: Foi registrada com botões florais em janeiro (N.T. Silva e U. Brazão 60881).
Fenologia: flowering (Jan~Jan)

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.1 Annual & perennial non-timber crops habitat present local low
O município de Santa Isabel do Rio Negro com 6284097 ha tem 160 ha do seu território convertido em de milho (Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 30 de novembro 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future regional high
A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da agroindústria, pecuária extensiva, infraestrutura rodoviárias e hidrelétricas, mineração e exploração madeireira (Charity et al., 2016). O aumento do desmatamento entre 2002-2004 foi, principalmente, resultado do crescimento do rebanho bovino, que cresceu 11% ao ano de 1997 até o nível de 33 milhões em 2004, incluindo apenas aqueles municípios da Amazônia com florestas de dossel fechado compreendendo pelo menos 50% de sua vegetação nativa (Nepstad et al., 2006). Segundo Nepstad et al. (2006) a indústria pecuária da Amazônia, responsável por mais de dois terços do desmatamento anual, esteve temporariamente fora do mercado internacional devido a presença de febre aftosa na região. Contudo, o status de livre de febre aftosa conferido a uma grande região florestal (1,5 milhão de km²) no sul da Amazônia seja, talvez, a mudança mais importante que fortaleceu o papel dos mercados na promoção da expansão da indústria pecuária na Amazônia (Nepstad et al., 2006).
Referências:
  1. Nepstad, D.C., Stickler, C.M., Almeida, O.T., 2006. Globalization of the Amazon soy and beef industries: opportunities for conservation. Conserv. Biol. 20, 1595–1603.
  2. Charity, S., Dudley, N., Oliveira, D. and Stolton, S. (editors), 2016. Living Amazon Report 2016: A regional approach to conservation in the Amazon. WWF Living Amazon Initiative, Brasília and Quito.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection needed
A espécie não possui registro realizado dentro dos limites de Unidades de Conservação, apesar da presença de extenso mosaico de áreas protegidas na região, ainda em estado prístino de conservação.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.